sábado, 22 de novembro de 2014

COMPACTO "NORDESTE JÁ" 1985

Em 1985, por iniciativa do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, foi gravado o compacto simples Nordeste Já, que contou com a participação de mais de 100 músicos, muitos dos quais grandes nomes da nossa música popular, numa ação clara da categoria musical em favor do povo nordestino, castigado pela seca.

Chega de Mágoa (composição coletiva) e Seca DÁgua (Patativa do Assaré) são as faixas que compõem este disco (gravado entre os dias 09 e 16 de maio, no Multi Stúdio, na Barra), cujos participantes cederam ao Sindicato os direitos autorais e conexos da obra.

O disco era dado como brinde a todos aqueles que depositassem dez mil cruzeiros, em qualquer uma das agências da Caixa Econômica Federal na conta corrente 900.000-6 e foi destinado ao Projeto Verde Teto, atendendo a municípios como Janduis (RN), Igarassu e Catende (PE) e Oeiras (PI), onde a verba arrecadada serviu para a construção de centros comunitários, nas áreas doadas pelas prefeituras.

Compacto - destaque para a numeração impressa no rótulo

Foram produzidas 500.000 cópias numeradas, numa demonstração clara de que isto era possível, apesar das alegações das gravadoras. No entanto, somente 17 anos após a realização deste projeto que a numeração dos cds, a nova mídia utilizada para as gravações musicais, se tornou uma realidade no Brasil. 
Assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 19 de dezembro de 2002, o decreto que regulamenta o artigo 113 da lei de direito autoral (9.610/98) foi criado a partir de diversas reuniões de representantes do governo com uma comissão formada pelo Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, os músicos Frejat, Ivan Lins, Lobão e Beth Carvalho, além do advogado consultor da Casa Civil, Dr. Nehemias Gueiros, e o empresário artístico Steve Altit.

Zé Ramalho, Tim Maia e Geraldo Azevedo durante as gravações

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