quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
ZÉ RAMALHO RARIDADES: Dona Chica (Francisca Santos das Flores) (Dorival Caymmi)
Dona Chica (Francisca Santos das Flores) (Dorival Caymmi) Intérprete(s): Zé Ramalho / Sivuca
Francisca Santos das Flores
É dona dos meus amores
Mas não sabia de nada
Francisca Santos das Flores
Que não sabia das dores
Que seu amado amargava
Das longas noites passadas
A contemplar as sacadas
Da casa da sua amada
Na condição de amante
De amada que não sabia
Que tantos males causava
Mas certo dia acabou-se
A timidez que impedia
E o pobre falou de amores
Pondo de lado temores
E nesse dia ela ouvia
Francisca Santos das Flores
Dona Chica ca ca
Dimirou-se se
De que houvesse um amor tão grande assim
Dona Chica ca ca
Dimirou-se se
De que houvesse um amor tão grande assim
Dona Chica ca ca
Dimirou-se se
De que houvesse um amor tão grande assim...
AGRADECIMENTO AO AMIGO
Paulo Silvio
Mario Gobbi cita Zé Ramalho
O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, chegou a citar o compositor e
cantor Zé Ramalho ao criticar a punição imposta ao clube. “Esse não é
problema meu. A Conmebol que resolva. Já tenho problemas demais para
resolver. Fomos punidos por algo que não fizemos. Aonde vamos parar? Se
tudo for culpa do Corinthians, é melhor fechar”, afirmou o dirigente em
entrevista ao canal SporTV.
Gobbi reclamou novamente do fato de o Corinthians não ter conseguido se defender antes que a Conmebol decidisse pela punição. “Onde vamos parar? Na época da Santa Inquisição? Não matamos ninguém e estamos cumprindo punição” disse o cartola.
“A Justiça da Bolívia sabe quem matou o garoto? Gostaria de saber também. Este é o Brasil. Vida de gado, povo marcado, povo feliz”, disse ao citar uma frase da música “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho. (Folhapress)
FONTE: http://www.comerciodojahu.com.br/noticia.asp?id=1272965&titulo=Mario+Gobbi+cita+Z%C3%A9+Ramalho
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
ZÉ RAMALHO RETORNA DEPOIS DE ESTIAGEM ( 1992 )
"Ele lança LP após quatro anos sem gravar"
Ser mandado embora de uma empresa não é algo muito agradável, ainda mais para um músico. Zé Ramalho passou por essa experiência quando a Sony Music (antiga CBS), selo pelo qual havia lançado seus nove LPs, deu-lhe o bilhete azul em 1990. Nem mesmo ele acreditou quando, graças ao sucesso da canção Entre a Serpente e a Estrela, recebeu o convite da própria Sony para voltar. E eis que surge Frevoador, décimo trabalho do artista paraibano, após quatro anos de estiagem.
Quando gravou Entre a Serpente e a Estrela especialmente para a trilha da novela global Pedra Sobre Pedra, Zé Ramalho estava sem contrato. "Fui convidado para gravar apenas essa música, que acabou fazendo sucesso de forma espontânea, nem tema principal da novela ela é, e isso reacendeu o interesse da Sony por mim", explica o cantor, sem negar a surpresa que sentiu. "Essa coisa de ser mandado embora e voltar para a mesma gravadora logo em seguida é muito rara".
Para o artista de 42 anos. o fato de lançar um disco por ano o prejudicou. "Após os estouros de meus primeiros LPs, era obrigado a gravar todo o ano, e isso fez com que a qualidade de meu trabalho caísse e, consequentemente, as vendagens também", relembra. Após Décimas de Um Cantador, em 1987, o artista acabou sendo deixado de lado pela gravadora. "No início, eu achei bom, pois tive tempo de me reciclar, compor com mais calma, mas não esperava ficar tanto tempo sem gravar", admite o artista.
Mesmo sem novo disco, o cantor e compositor prosseguiu fazendo shows, e em 1990 e 1991 apresentou-se nos Estados Unidos. "Mantive um público fiel, e isso me deu a oportunidade de ver que a minha obra conseguiu sobreviver aos modismos, mesmo comigo longe da mídia", constata. Ele encara o sucesso de Entre a Serpente e a Estrela como algo muito positivo. "Não só pelo sucesso em si, mas principalmente por não se tratar de uma música de minha autoria, o que me abre a oportunidade de mostrar o meu lado de intérprete".
As dez canções incluídas em Frevoador foram escolhidas pela Sony de um total de 25. "É um trabalho mais leve, que surgiu de forma espontânea", define. Entre outras, o LP tem a faixa-título, versão do sucesso Hurricane, de Bob Dylan, na qual o artista paraibano procurou colocar elementos brasileiros, e Nona Nuvem, homenagem a George Harrison que inclui citações de Here Comes The Sun, do ex-Beatle. "Sou fã dele, que era o mais místico do grupo, inclusive o título dessa música é a tradução de um LP dele, Cloud Nine", revela.
Além do novo disco, Zé Ramalho lançará outro em maio, pela série Academia Brasileira de Música. "Eu regravei músicas nordestinas de autores como Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga e Geraldo Vandré, que são as minhas raízes, o que ouvi em primeiro lugar", diz, além de definir sua forma de compor. "Acho as fusões de diversos elementos fundamentais para a música, mesmo quando você erra. O risco vale a pena, pois dá para se fazer sempre a mesma coisa, e também acho necessário fugir dos estereótipos".
Ser mandado embora de uma empresa não é algo muito agradável, ainda mais para um músico. Zé Ramalho passou por essa experiência quando a Sony Music (antiga CBS), selo pelo qual havia lançado seus nove LPs, deu-lhe o bilhete azul em 1990. Nem mesmo ele acreditou quando, graças ao sucesso da canção Entre a Serpente e a Estrela, recebeu o convite da própria Sony para voltar. E eis que surge Frevoador, décimo trabalho do artista paraibano, após quatro anos de estiagem.
Quando gravou Entre a Serpente e a Estrela especialmente para a trilha da novela global Pedra Sobre Pedra, Zé Ramalho estava sem contrato. "Fui convidado para gravar apenas essa música, que acabou fazendo sucesso de forma espontânea, nem tema principal da novela ela é, e isso reacendeu o interesse da Sony por mim", explica o cantor, sem negar a surpresa que sentiu. "Essa coisa de ser mandado embora e voltar para a mesma gravadora logo em seguida é muito rara".
Para o artista de 42 anos. o fato de lançar um disco por ano o prejudicou. "Após os estouros de meus primeiros LPs, era obrigado a gravar todo o ano, e isso fez com que a qualidade de meu trabalho caísse e, consequentemente, as vendagens também", relembra. Após Décimas de Um Cantador, em 1987, o artista acabou sendo deixado de lado pela gravadora. "No início, eu achei bom, pois tive tempo de me reciclar, compor com mais calma, mas não esperava ficar tanto tempo sem gravar", admite o artista.
Mesmo sem novo disco, o cantor e compositor prosseguiu fazendo shows, e em 1990 e 1991 apresentou-se nos Estados Unidos. "Mantive um público fiel, e isso me deu a oportunidade de ver que a minha obra conseguiu sobreviver aos modismos, mesmo comigo longe da mídia", constata. Ele encara o sucesso de Entre a Serpente e a Estrela como algo muito positivo. "Não só pelo sucesso em si, mas principalmente por não se tratar de uma música de minha autoria, o que me abre a oportunidade de mostrar o meu lado de intérprete".
As dez canções incluídas em Frevoador foram escolhidas pela Sony de um total de 25. "É um trabalho mais leve, que surgiu de forma espontânea", define. Entre outras, o LP tem a faixa-título, versão do sucesso Hurricane, de Bob Dylan, na qual o artista paraibano procurou colocar elementos brasileiros, e Nona Nuvem, homenagem a George Harrison que inclui citações de Here Comes The Sun, do ex-Beatle. "Sou fã dele, que era o mais místico do grupo, inclusive o título dessa música é a tradução de um LP dele, Cloud Nine", revela.
Além do novo disco, Zé Ramalho lançará outro em maio, pela série Academia Brasileira de Música. "Eu regravei músicas nordestinas de autores como Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga e Geraldo Vandré, que são as minhas raízes, o que ouvi em primeiro lugar", diz, além de definir sua forma de compor. "Acho as fusões de diversos elementos fundamentais para a música, mesmo quando você erra. O risco vale a pena, pois dá para se fazer sempre a mesma coisa, e também acho necessário fugir dos estereótipos".
ARQUIVO DO ACERVO:
Jornal Folha de São Paulo em 15 de Abril de 1992
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